A participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas celebrações da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial, organizadas pelo governo da Rússia, gerou reação no Senado brasileiro. A viagem, que incluiu encontros com o presidente russo Vladimir Putin e líderes de países como China, Venezuela e Cuba, foi duramente criticada por parlamentares da oposição.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) condenou a visita ao afirmar que a presença de Lula ao lado de governantes de regimes autoritários compromete a imagem do Brasil. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar declarou: “É uma vergonha para o Brasil estar minimamente associado a esses criminosos.”
Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-ministro da Justiça e senador pelo Paraná, também expressou indignação, especialmente em nome da população paranaense, que possui grande número de descendentes de ucranianos. Ele declarou que a atitude do presidente é “ofensiva e vergonhosa” diante da atual guerra entre Rússia e Ucrânia, e destacou o tom amistoso do encontro entre Lula e Putin.
Segundo Moro, a visita representa um gesto de apoio ao governo russo. “Lula, não satisfeito em ir a Moscou para aplaudir as tropas russas que invadiram a Ucrânia, abraçou calorosamente Vladimir Putin por sua própria iniciativa”, criticou o senador.
O senador Jorge Seif Junior (PL-SC) também manifestou repúdio ao momento escolhido para a viagem presidencial. Ele apontou a crise no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como um problema urgente dentro do país, contrastando a situação nacional com a participação de Lula em um evento internacional de “presença questionável”, conforme classificou.