O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alcançou grande repercussão nas redes sociais com um vídeo em que aborda o escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Publicada na terça-feira (6), a gravação ultrapassou 59 milhões de visualizações em menos de 24 horas.
Repetindo a estética de um vídeo anterior — sobre mudanças na fiscalização do Pix, que atingiu 300 milhões de visualizações —, a nova publicação já acumula os seguintes números:
- Instagram: 56,6 milhões de visualizações
- Rede X (antigo Twitter): 3 milhões de visualizações
- YouTube: 702 mil visualizações
No conteúdo, Nikolas critica a atuação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com foco na nomeação de Carlos Lupi, que deixou o cargo de ministro da Previdência após a revelação do esquema. O parlamentar argumenta que a gestão federal teria sido negligente ao manter proximidade com entidades envolvidas na fraude.
O deputado também relembra que Lupi foi desligado do governo Dilma Rousseff em 2011, sob suspeita de corrupção. Segundo ele, a reincidência evidencia falhas no controle institucional.
Nikolas afirma que o rombo no INSS pode ser superior aos valores iniciais divulgados:
- Valor divulgado inicialmente: R$ 6,3 bilhões
- Estimativa segundo CGU, citada por Nikolas: mais de R$ 90 bilhões
O vídeo também destaca o perfil das vítimas das fraudes, identificadas como aposentados, idosos e pessoas doentes, muitos sem condições de identificar os descontos indevidos.
Outro trecho exibe matéria do portal Oeste, que cita a lentidão do Tribunal de Contas da União (TCU) para analisar irregularidades que envolvem sindicato liderado pelo irmão do presidente Lula. Nikolas menciona ainda que o advogado de uma das entidades investigadas seria filho do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, chamando a situação de “país das coincidências”.
Pressão pela instalação de uma CPMI
O vídeo foi divulgado em meio a uma nova estratégia da oposição, que pressiona pela instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o caso. A leitura do requerimento depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mas assinaturas podem ser retiradas a qualquer momento, o que abre espaço para negociações com o governo.
Durante reunião com líderes governistas, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, pediu apoio para barrar a criação da CPMI. Segundo ela, a comissão poderia interferir em pautas prioritárias do governo, como:
- Aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil
- Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para centralizar a política de segurança pública em Brasília