No coração de uma jornada misteriosa até a parte menos explorada da lua, a sonda Chang’e-4 da China desvendou segredos lunares inéditos. A pioneira sonda fez história em 2018 ao tocar o lado mais distante da lua se tornando a primeira a realizar esse feito. Graças à tecnologia de última geração embarcada na sonda, paisagens espetaculares de crateras de impacto ganharam vida na forma de imagens panorâmicas, o que nos permitiu passear ao longo de uma história que vem de bilhões de anos atrás, especialmente nos 300 metros superiores da superfície lunar, conforme noticiou o LiveScience.
A sonda Chang’e-4 carrega consigo um rover movido a energia solar denominado Yutu-2. Este dispositivo equipado com um penetrador lunar de radar (LPR), enviou sinais de rádio à Lua que reagiu com eco, dando à Yutu-2 a capacidade de mapear 40 metros da superfície lunar em 2020. Esta revelação mostrou uma desordem de detritos lunares, composta por poeira, solo e rochas quebradas, além de uma cratera formada pela colisão de um grande objeto. Mas, o rover foi ainda mais fundo em sua exploração.
A escavação minuciosa de Yutu-2 revelou algo inédito: cinco distantes camadas de lava lunar. Estes estratos são a prova concreta de períodos de intensa atividade vulcânica na lua, definindo distintamente sua história vulcanológica. Além disso, um padrão foi identificado – as camadas de rocha vulcânica ficam mais finas à medida que se aproximam da superfície. Esta observação aponta para o declínio gradual da atividade vulcânica na lua ao longo dos anos. A aventura do Chang’e-4 na lua está longe de terminar, com muitos ainda acreditando que há outros segredos aguardando ser desenterrados e novos insights a oferecer sobre o universo em que vivemos.