A recente proibição do uso do iPhone por servidores públicos na China aponta para um novo capítulo na disputa econômica, comercial e tecnológica entre Estados Unidos e China. Especialistas acreditam que a ofensiva chinesa contra a Apple é uma retaliação às sanções aplicadas pelos EUA à gigante chinesa de tecnologia Huawei. Além disso, a China busca limitar a influência de tecnologia estrangeira no país e impulsionar o mercado de empresas locais.
A Casa Branca, através de seu porta-voz John Kirby, demonstrou preocupação com a falta de transparência da China em relação às restrições ao iPhone, classificando-as como “retaliação agressiva e inapropriada”. Enquanto isso, as ações da Apple caíram na Bolsa de Valores de Nasdaq e a companhia perdeu cerca de US$ 200 bilhões em valor de mercado em apenas dois dias.
A disputa entre as duas maiores potências mundiais também pode prejudicar ambas as nações no longo prazo, dificultando o acesso à tecnologia e limitando o crescimento industrial. No caso da China, seu intervencionismo econômico e postura centralizadora podem afugentar investidores e impor um alto custo econômico ao país.