A China ampliou significativamente suas compras de soja brasileira no primeiro trimestre de 2025, em meio à intensificação da guerra comercial com os Estados Unidos. Segundo dados oficiais, o país asiático adquiriu quase 17 milhões de toneladas do grão vindo do Brasil, um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A soja é essencial para a segurança alimentar chinesa, sendo utilizada como matéria-prima na alimentação de suínos e aves — principais fontes de proteína animal no país. Em 2024, o Brasil foi responsável por cerca de 65% do total de soja consumido pela China, consolidando-se como seu principal fornecedor. Os Estados Unidos, por sua vez, representaram menos de 20% desse abastecimento.
A escalada comercial entre os dois países teve início após a posse de Donald Trump para o segundo mandato em janeiro deste ano. O governo norte-americano impôs novas tarifas a produtos chineses, e a China respondeu com a taxação da soja oriunda dos Estados Unidos. Relatórios indicam que o país asiático suspendeu totalmente as importações do grão norte-americano desde 16 de janeiro.
A substituição da soja dos EUA pela produção brasileira tem favorecido a balança comercial do Brasil, que vê na atual conjuntura uma oportunidade de expansão no mercado internacional. Com a continuidade do conflito comercial, a tendência é de que a demanda chinesa pela soja brasileira permaneça em alta nos próximos meses.