A plataforma colombiana Rappi lançou uma ofensiva estratégica contra o iFood no setor de entrega de refeições, oferecendo isenção total da taxa de entrega para restaurantes pelos próximos três anos. A medida busca conquistar participação em um mercado atualmente dominado pelo iFood, que detém cerca de 80% do segmento.
Atualmente, o Rappi cobra dos restaurantes uma taxa de 23% sobre o valor dos pedidos. Com a nova política, apenas a tarifa de intermediação financeira, de 3,5% — mesma aplicada por maquininhas de cartão — continuará vigente. A ação foi desenvolvida em conjunto com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que há anos contesta o domínio quase exclusivo do iFood nas entregas.
Enquanto o Rappi tenta avançar no setor de alimentação, o iFood busca expandir sua presença em outras áreas, como a entrega de produtos de supermercados, farmácias e lojas diversas. A empresa brasileira pretende aumentar a representatividade desses serviços em sua receita dos atuais 15% para 40% nos próximos três anos.
Embora o iFood afirme que sua estratégia de diversificação não é uma resposta direta ao movimento do Rappi, o momento do anúncio levanta questionamentos sobre a disputa entre as duas empresas pela liderança no setor de delivery no Brasil.