Polícia Federal negocia delação premiada com ex-assistente de Bolsonaro
A Polícia Federal está em processo de negociação de um acordo de colaboração premiada com Mauro Cid, ex-assistente de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao longo desta semana, Cid tem colaborado ativamente nas investigações da Polícia Federal. As declarações do ex-assistente totalizaram uma interação de 24 horas com as autoridades policiais em uma única semana, sendo considerado uma valiosa fonte de informações sobre os casos que estão sob investigação.
Mauro Cid tem se concentrado em detalhar as investigações relacionadas ao escândalo das joias, à polêmica carteira de vacinação e ao golpismo do dia 8 de janeiro. No entanto, antes de efetivar um acordo de colaboração premiada, a Polícia Federal precisará autenticar as informações fornecidas por Cid. Essa confirmação é fundamental, pois ele só poderá fornecer informações sobre os episódios em que esteve diretamente envolvido, excluindo qualquer prova baseada em ouvir dizer.
A colaboração premiada é uma estratégia jurídica crucial para a obtenção de provas durante uma investigação, oferecendo ao colaborador a possibilidade de perdão judicial ou redução de pena, caso as informações contribuam significativamente para a investigação. Além de Cid, outros funcionários do antigo regime presidencial, como Osmar Crivelatti, ex-assessor de Bolsonaro, também expressaram a intenção de colaborar com a Polícia Federal. Crivelatti, de confiança do ex-presidente e membro de comitivas em viagens internacionais, já começou a dar detalhes sobre o escândalo das joias e se mostrou disponível para novos depoimentos.