O romance “Cobiça”, escrito pelo atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), virou motivo de controvérsia na Câmara Municipal da cidade. O vereador Jorge Santos (Republicanos) acusou a obra de ser “pornografia política” e vem pedindo a proibição de sua venda em Minas Gerais. Durante uma reunião ordinária, Santos expressou sua consternação com o teor do livro, classificando-o como político e pornográfico.
“Cobiça”, que soma 168 páginas, foi publicado em 2020, na época em que Fuad ocupava a função de secretário de Fazenda sob o comando do prefeito Alexandre Kalil. O romance constrói a narrativa de uma jovem em viagem pelo interior mineiro em busca de suas raízes familiares. Antes de se tornar polêmica na Câmara, o livro já havia ganhado destaque nas redes sociais depois que o advogado e pastor Mariel Marley sugeriu que a obra refletia o perfil político do prefeito.
No entanto, Marley discorda de Santos no que diz respeito à venda do livro. Para o advogado e pastor, retirar “Cobiça” de circulação seria uma violação à liberdade. Fuad Noman, por outro lado, ainda não se manifestou sobre a polêmica. Vereadores aliados ao prefeito suspeitam que o alvoroço esteja sendo usado como um mecanismo para obstruir a aprovação de pautas significativas na Câmara Municipal de Belo Horizonte.