Liberdade de expressão e direitos humanos na Nicarágua estão em crise devido às ações repressivas adotadas pelo governo de Daniel Ortega para silenciar a dissidência e exercer controle rígido sobre a informação e opinião pública. Dentre essas ações figura a “Lei Mordaça”, que pode resultar em até 10 anos de prisão para quem publicar conteúdo considerado “falso”. A lei tem sido usada para severamente limitar o fluxo de informações e abafar vozes dissidentes.
Jornalistas independentes têm enfrentado as maiores dificuldades sob essa repressão. O mais notório deles, Víctor Ticay, foi condenado a oito anos de prisão por simplesmente relatar uma procissão religiosa. Esse tipo de punição severa a jornalistas não apenas evidencia a repressão da mídia, mas também demonstra que o governo não tolerará relatos que não estejam em conformidade com os seus interesses. Além disso, o governo tem criminalizado a oposição política, com opositores sendo condenados por “traição à pátria” e sentenciados a longas penas de prisão.
Interessantemente, essa situação na Nicarágua tem despertado preocupações no Brasil, particularmente devido à relação de apoio mútuo entre Ortega e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Lula expressou abertamente seu apoio ao governo de Ortega durante seu mandato, o que tem levantado questões sobre os próprios valores e princípios do Brasil. Embora o apoio pareça estar baseado em afinidades políticas e ideológicas, a questionável situação dos direitos humanos na Nicarágua tem gerado preocupações sobre as implicações para a imagem do Brasil no cenário internacional. Essa relação entre os dois líderes, portanto, necessita de reflexão e consideração por parte da nação brasileira.