A Microsoft anunciou a proibição do uso da inteligência artificial DeepSeek por seus funcionários, citando preocupações com segurança de dados e possíveis influências de propaganda estrangeira. A medida foi comunicada na quinta-feira (8) pelo presidente da empresa, Brad Smith, durante uma audiência no Senado dos Estados Unidos.
De acordo com Smith, o DeepSeek não está mais disponível na loja de aplicativos da Microsoft. A justificativa se baseia no risco de que dados dos usuários possam ser armazenados em servidores na China, além da possibilidade de que as respostas da IA estejam sujeitas a interferências ideológicas, conforme regras locais.
A empresa chinesa responsável pela tecnologia informa em sua política de privacidade que os dados coletados são processados e mantidos em território chinês, em conformidade com as leis do país.
DeepSeek passa a rodar no Azure com restrições
Apesar da proibição para uso interno, a Microsoft disponibilizou uma versão modificada do DeepSeek por meio de sua plataforma de nuvem, o Azure. Segundo a empresa, o modelo passou por testes rigorosos de segurança antes de ser colocado à disposição do público.
A liberação só foi possível porque o modelo da IA é de código aberto, o que permite sua execução em servidores privados, sem necessidade de tráfego de dados com servidores localizados na China.
Brad Smith explicou ainda que a empresa realizou ajustes técnicos na ferramenta antes da liberação. “Fizemos cortes para remover efeitos colaterais prejudiciais”, afirmou o executivo, ressaltando que a versão final foi adaptada para minimizar riscos e oferecer maior segurança aos usuários.