A Microsoft anunciou, nesta terça-feira (13), a demissão de cerca de 6 mil funcionários, o que representa aproximadamente 3% de sua força de trabalho global. Este é o maior corte promovido pela empresa desde 2023 e reflete uma reestruturação voltada à redução de cargos gerenciais e ao aumento da agilidade organizacional.
Segundo o relatório anual mais recente, a Microsoft empregava 228 mil pessoas em junho do ano passado, sendo 55% nos Estados Unidos e o restante distribuído em outros países. A companhia, com sede em Redmond, Washington, afirmou que as demissões afetam diferentes níveis hierárquicos e regiões geográficas.
O corte ocorre poucos meses após a empresa apresentar resultados financeiros acima das expectativas no trimestre encerrado em março. Mesmo diante do desempenho positivo, a diretora financeira, Amy Hood, afirmou que a companhia busca formar equipes mais eficientes, com menos níveis gerenciais.
Todas as divisões da Microsoft devem ser afetadas pelas demissões, incluindo o LinkedIn e a Xbox. A empresa não detalhou as razões específicas para os desligamentos, mas mencionou que fazem parte de ajustes necessários para manter a competitividade diante das transformações do mercado.
Apesar da redução no quadro de pessoal, a Microsoft projeta um investimento de US$ 80 bilhões até junho no desenvolvimento de infraestrutura para inteligência artificial, como data centers. A tecnologia tem ganhado protagonismo nas operações da companhia. Em um evento recente, o CEO Satya Nadella afirmou que até 30% do código em alguns projetos da empresa já é gerado por software automatizado.