O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na sexta-feira (9), e afirmou a intenção de retomar antigos projetos conjuntos. A visita acontece em meio a críticas de organizações internacionais a regimes aliados do governo brasileiro, como os da Rússia e da China, por violações à liberdade de imprensa.
De acordo com a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), quase 50 jornalistas estão presos atualmente na Rússia. Além disso, o país contabiliza 52 casos de jornalistas assassinados ou desaparecidos desde que Putin assumiu o poder. Entre os nomes destacados estão Anna Politkovskaya, morta em 2006 após investigar violações de direitos humanos na guerra da Chechênia, e Alexei Navalny, político de oposição e blogueiro que morreu na prisão em 2024.
Outro caso recente é o de Victoria Roshchyna, jornalista ucraniana que faleceu aos 27 anos, após ser detida por meses em uma prisão no Círculo Ártico. Ela foi presa por cobrir acontecimentos em áreas da Ucrânia ocupadas pela Rússia.
A RSF também aponta que quase 570 jornalistas estão presos no mundo todo em razão de seu trabalho. A China, outro país aliado ao governo Lula, lidera esse ranking com cerca de 114 profissionais detidos, o equivalente a quase 20% do total global.
O regime chinês, comandado pelo Partido Comunista desde 1949, impõe severas restrições à liberdade de expressão. O país é governado por Xi Jinping, citado por organizações internacionais por violações a direitos civis. Pesquisadores estimam que cerca de 70 milhões de pessoas tenham morrido na China em tempos de paz, em grande parte devido a políticas adotadas no período de Mao Tsé-Tung, fundador do regime.