Em um chamado urgente para a prontidão e resiliência das forças militares dos Estados Unidos, Deborah G. Rosenblum, secretária adjunta do Departamento de Defesa para programas de Defesa Nuclear, Química e Biológica, expressou preocupação com o número inédito de ameaças biológicas complexas enfrentadas pelo país. De acordo com ela, as ameaças são variadas e vêm tanto de pandemias de origem natural quanto de “atores não estatais” e competidores “quase peer”, termo que designa países que rivalizam com os EUA em termos de poder econômico, militar e político, como é o caso da China.
Rosenblum enfatizou a necessidade de uma força conjunta capaz de lidar efetivamente com essas ameaças durante um evento organizado pelo think tank Center for Strategic and International Studies. Segundo ela, isto não é mais uma tarefa apenas para unidades especializadas, necessitando de uma abordagem integrada de todo o Departamento de Defesa. A ameaça biológica pede uma força de combate crível, que seja ao mesmo tempo resiliente e capaz de prevenção.
A fim de direcionar os esforços de defesa, o Pentágono divulgou em agosto a “Biodefense Posture Review”, um conjunto de diretrizes com metas até 2035, que inclui melhorar a capacidade de alerta precoce de possíveis ameaças biológicas e aprimorar o entendimento sobre as mesmas. Rosenblum ressaltou que as reformas propostas foram baseadas nas lições aprendidas durante a resposta à pandemia da COVID-19, sublinhando o momento crítico da biodefesa e a necessidade de constante preparo para enfrentar um panorama de ameaças biológicas cada vez mais complexas.