Bloco BRICS, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem expansão à vista. O anúncio foi feito em 24 de Agosto, pelo presidente da África do Sul e anfitrião da 15ª cúpula do bloco em Joanesburgo, destacando Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Irã e Etiópia como potenciais novos membros a partir de 1º de janeiro de 2024. Este “convite”, conforme entendido por diplomatas, é uma mera formalidade técnica, pois os países citados já demonstraram interesse prévio em se juntar ao bloco BRICS.
A iniciativa de expansão do BRICS é principalmente liderada pela China, seguida pela Rússia. Especula-se que o objetivo por trás dessa manobra é atenuar o percebido isolamento desses dois países em relação aos Estados Unidos e à Europa Ocidental. Ambos, China e Rússia, enfrentam relações tensas com países ocidentais, inferindo de incidentes como a guerra na Ucrânia e acusações de espionagem supostamente levadas a cabo pelos chineses. Por enquanto, a questão sobre se o acrônimo BRICS será alterado para acomodar os novos membros, permanece em aberto.
O Brasil, contudo, inicialmente defendia a adoção de critérios definidos para a avaliação de pedidos de adesão ao BRICS, em vez de uma expansão rápida. Contudo, essa posição tem sofrido alterações com o tempo. O ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva anunciou publicamente seu apoio à entrada de certos países, como Argentina e Emirados Árabes Unidos. Mesmo assim, houve uma mudança de posição oficial, onde o assessor especial da Presidência da República para relações exteriores, o ex-ministro Celso Amorim, afirmou que os critérios seriam definidos posteriormente.