No último domingo, 13 de setembro, os argentinos participaram das eleições primárias conhecidas como Paso. Este é um processo que seleciona os candidatos de cada coligação para as eleições gerais que são realizadas em 22 de outubro. Os partidos políticos pequenos que obtiverem menos de 1,5% dos votos são eliminados da corrida. No entanto, o revelou problemas com as urnas eletrônicas em aproximadamente 240 locais, ocasionando atrasos e filas. Embora fosse cogitada a extensão do horário de votação, essa ideia foi negada pela Justiça Eleitoral.
A pré-candidata do partido Juntos pela Mudança, Patricia Bullrich, enfrentou dificuldades no processo eleitoral, tendo que votar várias vezes até que seu voto fosse efetivado. As falhas na máquina, afirmou a ex-ministra de Segurança, demonstram a necessidade de aprimorar e testar os sistemas eleitorais para assegurar sua eficiência. Bullrich, que é favorita na disputa interna de sua chapa, de centro-direita, contra o atual chefe de governo de Buenos Aires, Horacio Larreta, questionou a privacidade do seu voto devido aos problemas técnicos.
No partido governista União pela Pátria, a competição entre Sergio Massa, ministro da Economia, e o líder sindical Juan Grabois, se destaca. Apesar dos atuais altos índices de inflação e pobreza, Massa é o favorito. Além disso, o outsider Javier Milei, da chapa A Liberdade Avança, espera conseguir a aprovação necessária para se qualificar para a disputa de outubro. Identificado como libertário e com ideias anarco capitalistas, Milei, apelidado de “Bolsonaro argentino”, criticou o sistema misto de votação (com urnas eletrônicas e cédulas de papel), questionando as improvisações no processo.