O ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e uma série de aliados do ex-presidente compareceram ao depoimento marcado pela Polícia Federal (PF) às 11h, nesta quinta-feira (31), na sede da PF em Brasília. Entre os que prestarão depoimento estão o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, o advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, e o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Tenente-coronel Mauro Cid. O questionamento simultâneo dos depoentes busca impedir qualquer possibilidade de combinação prévia de respostas para os interrogatórios policiais.
O caso investigado pela PF envolve a venda de joias e relógios recebidos de presente da Arábia Saudita durante o mandato de Bolsonaro. O objetivo é descobrir a origem da ideia da venda, quem foram os compradores e como foi o processo de recompra e retorno de alguns itens para o Brasil. Além disso, nem todas as peças teriam sido encontradas até o momento, incluindo um relógio Patek Philippe que foi fotografado por Mauro Cid.
Em relação ao ex-presidente Bolsonaro, diante da apuração da CNN, uma questão provável a ser questionada é se houve uma ordem expressa do ex-presidente para que Mauro Cid vendesse o relógio Rolex no exterior, tendo posteriormente sido recomprado pelo advogado Frederick Wassef. Adicionalmente, a PF quer saber se o ex-presidente solicitou que outros presentes vindos das autoridades da Arábia Saudita fossem vendidos no exterior e se o ex-presidente recebeu dinheiro vivo pela venda dos itens. O irmão da ex-primeira-dama, Diego Torres Dourado, é um novo indivíduo sob investigação, pois aparece em mensagens encontradas no celular de Mauro Cid.