O total de impostos arrecadados pelo governo federal em 2025 já superou a marca de R$ 1,4 trilhão, conforme registros do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), atualizados na última sexta-feira (9). O valor inclui tributos federais de diferentes naturezas e evidencia o peso da carga tributária sobre a economia brasileira.
A ACSP compila o índice a partir de dados oficiais de diversas fontes, como Receita Federal, Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A contagem considera os seguintes tributos:
- Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide)
- Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
- Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)
- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
- Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
- Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf)
- Imposto de Exportação (IE)
- Imposto de Importação (II)
- Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
- Imposto de Renda (IR)
- Imposto Territorial Rural (ITR)
- Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep)
- Previdência
- Taxas e outros tributos federais
De acordo com o levantamento, em 2024 os brasileiros trabalharam, em média, 150 dias apenas para quitar seus compromissos com o Fisco, o que equivale a mais de 40% do ano. São Paulo lidera como o estado que mais contribui para os cofres públicos, com 37,3% do total arrecadado, seguido por Rio de Janeiro (13,7%) e Minas Gerais (7%).
A quantia arrecadada permitiria, por exemplo, a compra de 3,3 bilhões de cestas básicas ou renderia R$ 8,3 bilhões mensais se fosse aplicada na poupança. Em volume físico, se convertida em notas de R$ 100, a soma ocuparia cerca de 476 contêineres de 20 pés.