O advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e o tenente Osmar Crivelatti, ex-assessor da Presidência da República, se manifestaram durante um depoimento à Polícia Federal (PF) sobre o caso das joias, na última quinta-feira (31). Ao lado deles, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o pai dele, general Mauro Lourena Cid, também não permaneceram em silêncio. Nem todos convocados para o depoimento optaram pela mesma postura, pois entre os silenciosos estavam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Fredrick Wassef foi deposto fora de Brasília, na sede da PF em São Paulo, onde seu depoimento durou cerca de quatro horas. Anteriormente, o advogado havia afirmado em nota que desconhecia qualquer presente recebido na forma de joias, e que nunca participou de negociações ou venda de tais artigos de maneira direta ou indireta. Entretanto, em coletiva que ele mesmo convocou, assumiu a compra de um relógio Rolex comprovando por meio de recibos o referido negócio realizado nos Estados Unidos.
O caso intrigante resulta de um conjunto de incidentes que começaram a se desdobrar em outubro de 2021, quando a comitiva do então presidente Jair Bolsonaro retornou de uma viagem à Arábia Saudita. Agentes da Receita Federal apreenderam no aeroporto de Guarulho, São Paulo, um estojo que continha joias e uma escultura de um cavalo de ouro. A partir daí, tal caso passou a revelar vários outros incidentes que culminaram nessa intimação para um depoimento coletivo.