Circula nas redes sociais um vídeo que mostra o colapso de uma ponte na China, atribuído a um evento futuro datado de novembro de 2025. A publicação original, veiculada por um portal de notícias, alega que a “Ponte Hongqi”, de 758 metros e recém-inaugurada na província de Sichuan, teria desabado devido à instabilidade geológica. No entanto, a informação é enganosa e se baseia em um incidente ocorrido em 2023.
A origem real do vídeo
As imagens, na verdade, registram o desabamento de um trecho da Rodovia Nacional 317, próximo à cidade de Ma’erkang (também conhecida como Barkam), na província de Sichuan. O colapso foi causado por um deslizamento de terra ocorrido em 24 de junho de 2023, após um período de fortes chuvas na região. A estrutura afetada foi identificada pela mídia local como a Ponte Kekao. Segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua, o desastre natural levou à evacuação de mais de 900 pessoas nas áreas de risco.
Checagem dos dados incorretos
A apuração dos fatos desmente os principais pontos da postagem viral. A data do evento não é 11 de novembro de 2025, mas sim junho de 2023. O nome “Ponte Hongqi” e a extensão de 758 metros não são confirmados por fontes oficiais que cobriram o incidente real. Da mesma forma, não há evidências de que a ponte fosse “recém-inaugurada” no momento do colapso.
O contexto original mencionava que a interdição prévia da ponte evitou vítimas, o que corresponde parcialmente aos relatos de 2023. As autoridades chinesas, de fato, realizaram o bloqueio de vias e a evacuação de moradores devido aos sinais de instabilidade geológica, como rachaduras e deslizamentos, que precederam o desabamento principal, evitando feridos e mortes no incidente específico da ponte.
Contexto do desastre de 2023
A província de Sichuan está localizada em uma área de alta atividade sísmica e geológica, sendo frequentemente afetada por desastres naturais, como terremotos e deslizamentos de terra, especialmente durante a estação chuvosa. O colapso da ponte em Ma’erkang foi um dos vários incidentes registrados na região naquele período, que exigiram uma ampla mobilização de equipes de resgate e a revisão de protocolos de segurança para infraestruturas em áreas de risco.