O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, expressou seu pesar pelas recentes calamidades, incluindo o ciclone devastador que atingiu o estado do Rio Grande do Sul e o terrível terremoto que tirou a vida de mais de 2.000 pessoas no Marrocos durante uma viagem à Nova Délhi na segunda-feira, 11 de outubro.
Em seus comentários, o presidente Lula sugeriu que as tragédias são sintomáticas das mudanças climáticas e o impacto humano contínuo no planeta. “Não tem muita explicação para a ocorrência das tragédias, a não ser a mudança do clima, a não ser o que nós estamos fazendo com o planeta”, disse ele, antes de se preparar para a viagem de volta à Brasília após a Cúpula do G20.
O presidente enfrentou críticas por não ter visitado o Rio Grande do Sul, que ainda está sentindo os efeitos devastadores do ciclone, com 46 mortos e outros 46 ainda desaparecidos. Durante seu discurso na reunião do G20 no sábado, 9 de outubro, o presidente Lula mencionou a tragédia, mas usou isso como um argumento para a questão das mudanças climáticas.
Ele disse: “Agora mesmo no Brasil, o estado do Rio Grande do Sul foi atingido por um ciclone que deixou milhares de desabrigados e dezenas de vítimas fatais. Não podemos deixar que questões geopolíticas sequestrem a agenda de discussões das várias instâncias do G20, não nos interessa um G20 dividido”.
No domingo, 10 de outubro, seis dias após o ciclone, o vice-presidente Geraldo Alckmin visitou a região e anunciou que recursos seriam liberados para as vítimas e para a reconstrução da infraestrutura danificada. Lula ainda enfrenta críticas por não ter visitado a área, apesar da visita do vice-presidente.
Este é mais um episódio na discussão em andamento sobre as mudanças climáticas e sua ligação com desastres naturais recentes. A necessidade de ações coletivas e globais para mitigar o impacto das mudanças climáticas nunca foi tão urgente.