O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convocou Elisângela Castelo Branco, intérprete de libras que acompanhava o ex-presidente Jair Bolsonaro em suas lives no Palácio da Alvorada, para prestar esclarecimentos. A convocação faz parte de uma investigação em torno do uso de bens públicos e serviços custeados pelo governo durante período eleitoral.
De acordo com informações preliminares, a investigação foca sobre uma live coordenada no Palácio da Alvorada em setembro do ano passado, que supostamente teve um caráter eleitoral. O contencioso partiu do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que alega que houve abuso de poder político e um desvio na finalidade da transmissão ao vivo.
Conforme especificado pela ação do PDT, o ex-presidente e a intérprete discutiram assuntos que se relacionavam, direta e indiretamente, à eleição do ano passado durante a live. Ao final da transmissão, Bolsonaro promoveu o que ele referiu sendo “horário eleitoral gratuito”.
Para apurar os detalhes, a equipe técnica do TSE planeja cruzar dados para verificar se há registros de doações financeiras feitas por Elisângela Castelo Branco nas prestações de contas da campanha eleitoral de Bolsonaro, bem como do Partido Liberal (PL), no ano passado.
Por sua vez, a defesa do ex-presidente garante que a participação da intérprete nas lives foi voluntária. Espera-se que a convocação de Elisângela ao TSE, seja capaz de elucidar essas questões e contribuir para o prosseguimento da investigação.
Os processos de uso indevido de bens e serviços públicos durante eleições são delicados e convocar aqueles envolvidos em tais ações é essencial para garantir um processo eleitoral justo. Essa investigação do TSE serve para destacar a severidade da lei eleitoral e sua aplicação em situações potencialmente irregulares.
Esta matéria se baseia nas informações originalmente reportadas pela emissora Jovem Pan.