O Brasil tem feito transplantes de coração desde 1968, como última alternativa de tratamento para doenças cardíacas graves. O apresentador Faustão é um dos pacientes que recentemente passou por esta cirurgia complexa. De acordo com especialistas, apesar dos avanços médicos, um desafio persistente é a dificuldade em encontrar doadores de órgãos. Quando surge uma oportunidade de transplante, todas as etapas devem ser rigorosamente seguidas, respeitando o tempo máximo de 4 horas para que o coração seja retirado do doador e instalado no receptor.
Segundo a última atualização, existem 386 pessoas esperando por um “novo coração” no Sistema Único de Saúde (SUS). Os critérios para o recebimento do órgão incluem a ordem cronológica de cadastro, gravidade do quadro, tipo sanguíneo, porte físico e distância geográfica. “O transplante de coração é reservado para quadros graves, quando não há mais terapia suficiente para resolver o problema”, afirma Samuel Padovani Steffen, cirurgião cardiovascular da Rede D’Or.
Após a cirurgia, o paciente permanece no hospital por cerca de 30 dias, para garantir que o novo órgão não seja rejeitado. Para evitar esta reação, o paciente deve tomar medicamentos imunossupressores, que diminuem sua imunidade. geralmente, quando uma pessoa recebe o diagnóstico para o transplante de coração, seu quadro é tão grave que impede até mesmo as atividades mais simples do dia a dia. Mas, após a cirurgia, a vida volta ao considerado normal. “Do ponto de vista cardiovascular, a pessoa pode retomar sua rotina”, diz Steffen. “É só proteger o órgão. A medicina evolui a cada dia. Nós dizemos: ‘[seu coração] vai durar para sempre, toque sua vida.”