O pedido de cassação do mandato do vereador Camilo Cristófaro (Avante), acusado de racismo, será analisado pela Câmara Municipal de São Paulo na sessão marcada para 19 de setembro. O presidente da Casa, Milton Leite (União Brasil) relatou que a escolha da data é para assegurar o direito de ampla defesa do parlamentar, visto que seu advogado apresentou documentos informando que ele estará fora do país até o dia 13. Caso o advogado de Cristófaro falte na sessão, um defensor dativo será constituído entre os procuradores da Casa.
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara aprovou, por unanimidade, a legalidade do processo pedindo pela cassação de Cristófaro. Todos os nove integrantes seguiram o voto do relator, Professor Toninho Vespoli (PSOL), que avaliou a constitucionalidade, legalidade e o teor regimental do processo. Para que o mandato do vereador seja cassado e seus direitos políticos suspensos por oito anos, é necessário o voto de 37 dos 55 vereadores.
A acusação contra Cristófaro surgiu de um comentário feito por ele em uma sessão remota da CPI dos Aplicativos em maio deste ano. Em um momento de microfone aberto, o vereador disse: “Não lavaram a calçada… É coisa de preto, né?”. Na sequência, Cristófaro se desculpou e, no dia seguinte, publicou um vídeo ao lado de funcionários negros afirmando que não é racista. Na época, Cristófaro foi desfiliado do PSB, partido em que estava inserido.