Durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas, também chamada de CPI das Pirâmides, nesta quinta-feira (31), o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho preferiu permanecer em silêncio ao ser questionado se ele acredita na qualidade dos produtos que anuncia. A pergunta foi feita pelo deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), que insistiu diante da resposta evasiva do ex-jogador. Quando questionado sobre o que sua imagem representava nas publicidades – se um profissional ganhando dinheiro a qualquer custo ou um com excelente imagem por conta do futebol – a resposta seguiu sendo o silêncio.
A CPI investiga o envolvimento do ex-jogador com a 18k Ronaldinho, empresa suspeita de operar um esquema de pirâmide com promessas de lucro de até 400% ao mês com investimento em criptomoedas. Ronaldinho Gaúcho negou ser sócio ou fundador da empresa, alegando que seu nome e imagem foram usados indevidamente. Quando questionado sobre a publicidade acerca dos lucros da 18k Ronaldinho, novamente, escolheu não se pronunciar.
Em 2016, Ronaldinho firmou um contrato de licenciamento de sua imagem para a criação de uma linha de relógios com a 18k Watch Corporation. Três anos depois, assinou um contrato semelhante com a 18k Watch Comércio Atacadista e Varejista de Negócios para divulgação de uma empresa de marketing multinível. Segundo ele, após a assinatura, foi descoberto o uso indevido de sua imagem por Marcelo Lara, dono das empresas, em outra empresa sem a devida autorização. Ele também negou que autorizou o uso de seu apelido na razão social da empresa 18k Ronaldinho Comércio e Participações LTDA.