Ronaldinho Gaúcho falta à CPI das Criptomoedas e pode enfrentar condução coercitiva

O ex-jogador de futebol e ícone do Barcelona, Ronaldinho Gaúcho, não se apresentou na sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras – também conhecida como CPI das Criptomoedas – na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, dia 22, considerado irregular pelo deputado federal Ricardo Silva (PSD-SP), relator da comissão. Tanto Ronaldinho quanto o seu irmão, Roberto de Assis, foram convocados novamente para comparecer à próxima sessão na quinta-feira, e caso faltem novamente, seriam submetidos a uma condução coercitiva. O direito ao tratamento isonômico foi sublinhado pelo parlamentar, indicando que a legitimidade do procedimento não deve ser influenciada pelo estatuto de celebridade.

Ronaldinho foi chamado à comissão por ser fundador e sócio-proprietário da empresa 18k, que alegadamente oferecia aos seus clientes retornos de até 2% ao dia, supostamente baseado em negociações com moedas digitais. O ex-jogador e Roberto de Assis apelaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para serem dispensados da CPI, mas tiveram apenas a permissão para permanecer em silêncio e serem representados por advogados.

A alegação de Ronaldinho é que sua imagem teria sido utilizada indevidamente pela empresa, e que ele também teria sofrido prejuízos. Contudo, em 2020, Ronaldinho foi processado por uma ação que busca reparação de R$ 300 milhões por danos a investidores. A CPI também está ouvindo o presidente do Santos, Andrés Rueda, no momento em que o clube mantém patrocínio com a empresa de apostas e cassino online, Blaze, a qual também é acusada de fraude.