O ex-astro do futebol brasileiro, Ronaldinho Gaúcho, afirmou nesta quinta-feira em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas, que anseia pela responsabilização dos proprietários da empresa 18k Ronaldinho, a qual, alega ele, “manchou” seu nome indevidamente. “Eles usaram meu nome de maneira imprópria. Fico muito triste pelas pessoas que foram enganadas, e desejo poder ajudar de alguma forma”, declarou Ronaldinho durante a audiência da CPI, que investiga a empresa por um suposto esquema de pirâmide que prometia retornos estratosféricos de até 400% ao mês via investimentos em criptomoedas.
A controvérsia começou em 2016, quando Ronaldinho assinou um contrato de licenciamento de imagem com a 18k Watch Corporation, para a produção de uma linha de relógios. Ele argumenta que, posteriormente em 2019, seu nome e imagem foram utilizados sem o seu consentimento para criar a razão social da empresa 18k Ronaldinho. “De jeito nenhum voltaria a fazer contrato com esses senhores”, disse Ronaldinho, deixando claro sua posição diante do caso. “É meu nome que está todo mundo falando, é meu nome que está sendo queimado. Eu, mais do que ninguém, quero que isso tudo se esclareça o quanto antes”, acrescentou o renomado ex-jogador.
As tentativas de estabelecer contato com Ronaldinho por parte da CPI não foram fáceis. Esta foi a terceira tentativa da CPI para ouvir o testemunho de Ronaldinho. Nas duas primeiras tentativas, ele alegou não ter sido notificado e teve seu vôo cancelado, respectivamente. A fim de garantir sua presença, a CPI solicitou a condução coercitiva, e a Justiça Federal do Rio de Janeiro apreendeu o passaporte do ex-ídolo, prevenindo assim, uma eventual saída do país. Ronaldinho, no entanto, negou quaisquer planos de deixar o Brasil para evitar comparecer à comissão.