A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) anunciou a presença de oxigênio na Lua, após o pouso de seu robô explorador no polo sul lunar. Isso posiciona a Índia como o primeiro país a pousar com sucesso uma nave nesta região da Lua e a quarta nação a realizar uma alunissagem. A descoberta foi possível graças ao Espectroscopia de Decomposição Induzida por Laser (LIBS), instrumento à bordo do rover Chandrayaan-3, que fez as primeiras medições ‘in-situ’ da composição dos elementos da superfície lunar perto do polo sul.
Além do oxigênio, a presença de enxofre foi confirmada na área, fato que não havia sido possível confirmar através dos instrumentos dos orbitadores. A ISRO também relatou a detecção de alumínio, cálcio, ferro, cromo e titânio na superfície lunar, além de manganês e silício. Os dados foram coletados pelo robô Pragyan (que significa “sabedoria” em sânscrito), movido por energia solar e equipado com seis rodas, destinado a percorrer o polo sul lunar e transmitir imagens e dados científicos durante duas semanas.
Com estas descobertas, a ISRO reforça a posição da Índia na exploração espacial. O país tem se esforçado para alcançar as conquistas de outros programas espaciais com uma fração do custo, apesar de ter registrado alguns contratempos, como o fracasso de outra missão lunar indiana durante sua descida final quatro anos atrás. De olho no futuro, a ISRO tem planos para lançar uma missão tripulada de três dias à órbita da Terra no próximo ano, enviar outra sonda à Lua em parceria com o Japão até 2025 e realizar uma missão orbital a Vênus nos próximos dois anos.