A Polícia Federal (PF) descobriu mensagens que apontam que o senador da República Marcos do Val trabalhava para prender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A troca de mensagens por WhatsApp entre um indivíduo chamado “Elmo”, que seria irmão do senador, e Do Val, foi encontrada em um aparelho celular apreendido em fevereiro deste ano.
As mensagens contribuíram para as investigações de um inquérito do STF que apura um suposto plano de um golpe de Estado envolvendo o senador, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira. Esta descoberta levou os investigadores da PF a pedir a prisão de Do Val em junho deste ano.
Na conversa interceptada, ocorrida em 2 de fevereiro, “Elmo” oferece apoio a Do Val, o qual responde: “Estou há dois anos trabalhando para prender Alexandre de Moraes”. O interlocutor então conclui, dizendo que é uma “Batalha dura”.
Um diálogo adicional também foi observado pelos investigadores entre o senador e seu pai, Humberto. Houve menção a Bolsonaro neste diálogo. Do Val escreveu: “Olha os relatórios do que provocamos na imprensa Brasileira em um único dia! Superou as expectativas, e a primeira fase foi concluída. Essa missão foi provocar a imprensa e a sociedade para pedir aos seus representantes no Congresso as assinaturas para a abertura da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre o dia 08 de janeiro!”
A descoberta dessas mensagens certamente traz um novo olhar sobre a ação dos políticos brasileiros e alimenta questões crescentes sobre a natureza da democracia no país. As alegações de tentativas de golpe de Estado são sérias e demonstram a importância da transparência e da vigilância na política.
O desenvolvimento desta investigação será acompanhado de perto, uma vez que as implicações são consideráveis e podem ter um efeito profundo na estrutura política do Brasil. É de suma importância que a população esteja ciente dessas descobertas e das implicações potenciais para a estabilidade da nação.