A Argentina viu suas reservas em dólares diminuir para US$ 28 bilhões até 31 de agosto de 2023, uma queda significativa em comparação com os US$ 44,6 bilhões no início do ano, de acordo com o Banco Central do país. Isso ocorre em um momento crucial para o país sul-americano, já que o atual presidente, Alberto Fernández, não concorrerá à reeleição e o pleito será realizado em 22 de outubro, com o ministro da Economia, Sergio Massa, como o candidato governista.
A série histórica mostra que desde 2011, a Argentina atingiu o pico de reservas em dólares em 2019, com US$ 77,4 bilhões em caixa. Nesse período, o país era governado por Mauricio Macri, que também está na corrida eleitoral para um novo mandato. Durante seu mandato, Macri negociou um empréstimo de US$ 57 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para investimentos. Ao deixar o governo em 2020, as reservas eram de US$ 39,4 bilhões, ligeiramente superior aos US$ 39,3 bilhões quando assumiu a presidência, sucedendo Cristina Kirchner em 2016.
Sob a gestão de Fernández, o FMI aprovou um acordo de US$ 44 bilhões para a Argentina em 2022, que permitiu a rolagem da dívida contraída em 2018. No entanto, a Argentina anunciou que não usaria dólares para pagar a dívida de US$ 2,7 bilhões que ostenta perante o FMI. Isso será realizado por meio de fundos recebidos de um empréstimo emergencial da Corporação Andina de Fomento (CAF) e em yuans, a moeda chinesa, conforme afirmou o ministro da Economia.