Tecnologia

Reino Unido investiga ônibus elétricos chineses por suspeita de desligamento remoto

Reino Unido investiga ônibus elétricos chineses por suspeita de desligamento remoto

O governo do Reino Unido iniciou uma investigação sobre possíveis vulnerabilidades em ônibus elétricos de fabricação chinesa, após o surgimento de denúncias sobre a capacidade de desativação remota dos veículos. A apuração, que levanta preocupações sobre segurança nacional e dependência tecnológica, foi motivada por um alerta emitido por autoridades da Noruega, conforme reportado pelo portal Terra Brasil Notícias.

Alerta originado na Noruega

As suspeitas ganharam força quando a Ruter, agência de transporte público de Oslo, capital da Noruega, informou sobre a possibilidade de que a fabricante chinesa Yutong pudesse desligar parte de sua frota à distância. Este cenário acendeu um debate sobre os riscos associados à infraestrutura crítica de transporte e motivou o Departamento de Transportes britânico a averiguar se os modelos comercializados na Europa possuem funcionalidades semelhantes.

Foco da investigação britânica

A investigação no Reino Unido busca identificar a existência de sistemas de controle remoto nos ônibus, quem teria acesso a tais comandos e quais são as salvaguardas contra uso indevido ou ataques cibernéticos. As autoridades estão focadas em analisar o software dos veículos em busca de possíveis portas de acesso remoto, o gerenciamento de atualizações de sistema provenientes de servidores na China e as políticas de segurança digital adotadas pelas operadoras de transporte locais que utilizam a frota.

Implicações para a segurança e soberania digital

O Departamento de Transportes britânico declarou que irá consultar as operadoras e solicitar esclarecimentos formais à Yutong. A principal preocupação é que eventuais vulnerabilidades possam ser exploradas para fins de espionagem, sabotagem ou para a interrupção de serviços essenciais. Fontes do governo citadas na matéria original afirmam que qualquer falha de segurança descoberta será tratada como uma ameaça grave à segurança nacional.

O caso amplia a discussão sobre a crescente influência de empresas de tecnologia chinesas na Europa e os desafios para a soberania digital dos países. Especialistas defendem a implementação de protocolos de cibersegurança mais rígidos e regulamentações para controlar o acesso estrangeiro a infraestruturas sensíveis. Até o momento, a Yutong não se pronunciou publicamente sobre a investigação.