A produção industrial brasileira registrou um declínio de 0,6% em julho de 2021 em relação ao mês anterior, aponta a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (05). Comparado a julho do ano passado, o decréscimo chega a 1,1%.
O setor industrial também documentou uma queda acumulada de 0,4% neste ano. Entretanto, nos últimos 12 meses, a indústria se mostrou estável.
A taxa de julho ficou abaixo da mediana das estimativas de 20 instituições financeiras e consultorias pesquisadas pelo Valor Data, que previam uma queda de 0,4%. As projeções variavam de uma queda de 1,1% a um aumento de 0,4%.
“Com esse cenário, a indústria está 2,3% abaixo do nível anterior à pandemia, de fevereiro de 2020, e 18,7% inferior ao recorde obtido em maio de 2011”, afirmou o pesquisador do IBGE, André Macedo.
Na transição de junho para julho de 2021, 15 das 25 atividades industriais monitoradas pelo IBGE registraram queda na produção. Os setores mais afetados foram o de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%), e máquinas e equipamentos (-5%).
Em contrapartida, 9 atividades apresentaram aumento na produção. Os destaques ficaram por conta dos produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%).
Ao avaliar as quatro grandes categorias econômicas da indústria, apenas os bens de consumo semi e não duráveis mostraram crescimento no período (1,5%). Já as demais categorias – bens de capital, ou seja, as máquinas e equipamentos utilizados no setor produtivo (-7,4%), bens de consumo duráveis (-4,1%) e os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados utilizados no setor produtivo (-0,6%) – exibiram redução.