O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, expressou sua firme oposição às recentes ações judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, chamando a investigação de “brincadeira” e advertiu que “haverá troco”. Costa Neto disse não estar preocupado com a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
“Isso é efeito bumerangue, é o que vai acontecer com quem está exagerando. Isso vai se voltar contra o Poder Judiciário”, declarou o presidente do PL à Folha de São Paulo.
Costa Neto criticou as recentes decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem citar nomes de ministros. Ele mencionou uma multa de R$ 22,9 milhões imposta ao PL como exemplo de como o TSE teria excedido os limites de suas ações judiciais.
“Passaram dos limites essa brincadeiras. Dar multa de R$ 22,9 milhões… Marcar a data do julgamento no dia 22. Isso vai ter troco porque é a vida”, acrescentou.
A citada data, coincidentemente a mesma do número do PL (22), é a do início do julgamento que deixou Bolsonaro inelegível. A multa foi imposta pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, em uma ação que visava invalidar votos depositados em algumas urnas no segundo turno das eleições. Moraes condenou a coligação de Bolsonaro a pagar a multa por litigância de má-fé.
Questionado sobre as investigações em torno das “joias” dadas a Bolsonaro, o presidente do PL as classificou como um “exagero”, argumentando que eram presentes pessoais.
Ao mesmo tempo, Costa Neto admitiu que Bolsonaro errou na gestão da pandemia de coronavírus, o que em sua opinião, resultou na derrota eleitoral do ex-presidente. No entanto, ele mantém a confiança em Bolsonaro e reitera que não teme a delação de Cid.
O presidente do PL concluiu defendendo o ex-presidente como honesto e garantiu que as investigações não encontrarão indícios de uso impróprio de fundos públicos.