O grupo de advogados Prerrogativas protocolou, nesta quarta-feira (21), um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja instaurada uma investigação criminal contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), o ex-procurador Deltan Dallagnol e a juíza federal Gabriela Hardt. A solicitação baseia-se em um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado em junho de 2024, que aponta indícios de possíveis irregularidades na condução da Operação Lava Jato.
Relatório do CNJ aponta possíveis irregularidades
O relatório do CNJ indica que os mencionados teriam participado de negociações com representantes da Petrobras para destinar R$ 2,5 bilhões à criação de uma fundação privada pelo Ministério Público Federal (MPF). O documento sugere que essa ação poderia configurar crimes como peculato, corrupção e prevaricação. O CNJ encaminhou o relatório à PGR e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para as devidas providências.
Grupo Prerrogativas cobra ação da PGR
Na petição, o grupo Prerrogativas destaca a importância de que o Ministério Público Federal cumpra seu papel constitucional de fiscal da lei e adote as medidas cabíveis diante das evidências apresentadas. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, enfatizou que as informações contidas no relatório do CNJ representam uma ameaça à legalidade e à imparcialidade do Judiciário.
Respostas dos citados
Em ocasiões anteriores, Sergio Moro negou qualquer ilegalidade, afirmando que o relatório do CNJ é uma “mera ficção”. Deltan Dallagnol também rejeitou as acusações, classificando-as como uma “teoria da conspiração vergonhosa”. Gabriela Hardt ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.
Próximos passos
Até o momento, não há informações sobre a abertura de investigação formal por parte da PGR. O grupo Prerrogativas aguarda uma resposta do procurador-geral da República, Paulo Gonet, quanto às medidas que serão adotadas diante das alegações apresentadas.