Na semana entre os dias 4 e 10 de fevereiro, o preço médio da gasolina nos postos de abastecimento do país registrou um aumento significativo, alcançando R$ 5,75 por litro, o que representa um aumento de 3,4% em relação à média anterior de R$ 5,56. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).
Esse aumento expressivo está diretamente relacionado ao reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina. Desde 1º de fevereiro, o valor fixo do imposto saltou de R$ 1,22 para R$ 1,37 por litro, uma elevação de R$ 0,15 que está sendo repassada ao consumidor final.
Essa mudança no ICMS foi uma decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), buscando recuperar a arrecadação dos Estados. A medida foi tomada em resposta ao corte realizado em junho de 2022 pelo governo Bolsonaro, que reduziu as alíquotas do ICMS para 18%. O novo valor foi implementado em outubro do ano passado e agora reflete diretamente no bolso dos consumidores.
Além do aumento do ICMS, outro fator que contribui para o aumento no preço final da gasolina é o etanol anidro, responsável por 27,5% da mistura da gasolina comum. Nas últimas semanas, o preço do etanol anidro nas usinas paulistas tem registrado aumentos, acumulando uma alta de 12,3% de 28 de dezembro até 2 de fevereiro.
Diesel e Gás de Cozinha também sobem:
O diesel S10 também apresentou aumento, com o preço médio subindo 1% para R$ 5,98 por litro na última semana, em comparação com a média anterior de R$ 5,92. O valor fixo do ICMS sobre o diesel passou de R$ 0,94 para R$ 1,06 por litro, um acréscimo de R$ 0,12.
O gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, não escapou do reajuste do ICMS, impactando diretamente o preço médio nacional do botijão de 13 quilos. O valor aumentou 1,2%, atingindo R$ 101,94 na última semana, em comparação com R$ 100,67 nos sete dias anteriores.
O aumento nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha acende o alerta sobre os impactos no bolso dos consumidores e ressalta a sensibilidade do mercado aos ajustes fiscais.
Com informações da ANP e análise de especialistas econômicos.