O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, deve falar hoje, às 13h (horário de Brasília), ao Clube Econômico de Nova York. A expectativa é que ele reforce a ideia de que o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos está no fim.
Nos últimos dias, os juros futuros americanos têm sofrido com forte volatilidade, apesar de dados de inflação terem apresentado leve melhora. Os rendimentos dos títulos de 10 anos subiram por quatro dias consecutivos e se aproximam do nível de 5% ao ano.
Os mercados precificam o fim dos aumentos na taxa básica por parte do Fed, mas ainda esperam uma comunicação mais contundente neste sentido. Caso Powell faça isso, poderia até interromper o rali das taxas.
Além da fala de Powell, a agenda econômica americana traz os números de pedidos de seguro desemprego. A expectativa é que as novas solicitações do auxílio em outubro tenham subido para 210 mil, contra 209 mil no mês anterior. Isso reforçaria a ideia de que os juros americanos já estariam desacelerando a economia por lá.
Por aqui, os juros futuros chegaram a se descolar da pressão externa durante a sessão de ontem, após o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, afirmar que não teria falado em possibilidade maior de redução no ritmo de corte da Selic que de aceleração. As taxas chegaram a cair no início da tarde, mas voltaram a cair com o passar das horas.
No campo das commodities, o preço do petróleo caía 1,33%, a US$ 90,28 para o barril do tipo Brent, às 8h05, no que pode ser uma resposta ao alívio das sanções dos EUA contra a Venezuela. O minério de ferro encerrou a primeira parte da sessão em Singapura em alta de pouco mais de 1%, negociado a US$ 117,05 a tonelada.