O portal Terra Brasil Notícias publicou uma matéria que descreve um cenário hipotético, datado de novembro de 2025, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A publicação, que não corresponde à realidade atual, detalha uma suposta visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de seu filho, Jair Renan.
É fundamental esclarecer que, atualmente, Jair Bolsonaro não se encontra detido. O ex-presidente responde a inquéritos em liberdade, embora seja alvo de diversas investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O conteúdo da matéria fictícia
O texto original narra que o ex-presidente estaria cumprindo uma pena de 27 anos e três meses por uma suposta “trama golpista”. Segundo a publicação, Bolsonaro estaria “fragilizado e triste”, apresentando crises de soluço, e teria recebido um livro de caça-palavras de seu filho Jair Renan para se distrair.
A matéria também atribui a Michelle Bolsonaro uma queixa, divulgada em redes sociais, sobre a redução do tempo de visita familiar de duas horas para 30 minutos. O artigo fictício descreve as visitas como essenciais para o bem-estar emocional do ex-presidente, que se sentiria injustiçado pela condenação.
Verificação dos fatos e contexto atual
Contrariando o conteúdo da publicação, o ex-presidente Jair Bolsonaro não está preso nem foi condenado a uma pena de reclusão. Ele é investigado em diferentes frentes, incluindo apurações sobre os atos de 8 de janeiro, a suposta fraude em cartões de vacinação e o caso das joias sauditas, conforme amplamente noticiado por veículos de imprensa como o G1. As medidas cautelares impostas a ele pelo STF incluem a proibição de deixar o país e de se comunicar com outros investigados, mas não a privação de liberdade.
Desinformação e cenário político
A criação e divulgação de cenários hipotéticos como notícias factuais são características de campanhas de desinformação. Tais publicações, embora baseadas em eventos fictícios, podem ser utilizadas para influenciar a opinião pública, mobilizar bases de apoio e gerar desconfiança nas instituições. O portal que veiculou o conteúdo é conhecido por seu alinhamento político com o ex-presidente.