O portal Terra Brasil Notícias publicou uma matéria que projeta um cenário político futuro, datado de 2025, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria cumprindo uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado. O texto, de natureza hipotética, detalha uma suposta articulação liderada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para aprovar um projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
O papel atribuído a Tarcísio no cenário fictício
Segundo a publicação original, Tarcísio de Freitas assumiria o protagonismo nas negociações por uma anistia, atuando como uma ponte entre a base bolsonarista e o Supremo Tribunal Federal (STF). O governador é descrito no texto como um defensor da medida, que teria liderado conversas no Congresso Nacional para acelerar a tramitação de um projeto sobre o tema. A matéria sugere que Tarcísio buscaria equilibrar a defesa de seus aliados políticos com a manutenção de uma relação institucional com o Poder Judiciário, adotando uma postura mais diplomática para evitar conflitos diretos com ministros do STF.
Verificação dos fatos
É fundamental esclarecer que o conteúdo apresentado pelo portal se trata de uma projeção e não corresponde à realidade dos fatos atuais. Até a presente data, o ex-presidente Jair Bolsonaro não foi condenado nem está cumprindo pena de prisão. Ele é alvo de diversas investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal, incluindo apurações sobre sua suposta participação em uma trama golpista e nos atos de 8 de janeiro, mas não há sentença definitiva em nenhuma delas. Conforme noticiado por veículos como o Poder360, o ex-presidente responde aos inquéritos em liberdade.
Divergência no conteúdo original
Apesar de o título original da publicação mencionar um “PL da Dosimetria”, o corpo do texto concentra-se exclusivamente em um suposto projeto de anistia. A dosimetria da pena é o processo pelo qual um juiz estabelece a punição para um crime, enquanto a anistia é um perdão concedido pelo Congresso Nacional que extingue as consequências penais de certos atos, o que indica uma divergência entre o título e o conteúdo desenvolvido na matéria original.