Saúde

Por que esquecemos nomes? Entenda o que diz a ciência e quando se preocupar

Por que esquecemos nomes? Entenda o que diz a ciência e quando se preocupar

A dificuldade em lembrar o nome de uma pessoa, especialmente em momentos importantes, é uma experiência comum e que, segundo especialistas, raramente indica um problema de memória grave. Uma matéria originalmente publicada pelo portal Terra Brasil Notícias aborda a questão, explicando que o cérebro humano processa e armazena nomes próprios de maneira distinta de outras informações, o que torna seu esquecimento mais frequente.

O desafio dos nomes próprios para o cérebro

Nomes próprios são, em essência, rótulos arbitrários. Diferente de substantivos comuns como “cadeira” ou “carro”, que evocam imagens e conceitos concretos, um nome como “Carlos” ou “Mariana” não carrega um significado intrínseco. Essa falta de conexão semântica dificulta a criação de associações neurais fortes, tornando a memorização um processo menos eficiente. A psicologia cognitiva aponta que, por não possuírem sinônimos, o esquecimento de um nome gera um bloqueio completo, aumentando o desconforto social.

Fatores que influenciam o esquecimento

Além da natureza abstrata dos nomes, diversos fatores externos podem impactar a capacidade de memorização. Conforme detalhado pela CNN Brasil, condições como estresse, ansiedade, cansaço e falta de atenção são causas comuns para lapsos de memória temporários. Quando uma pessoa é apresentada a alguém em um ambiente com muitas distrações ou sob pressão, o cérebro tem mais dificuldade em registrar e consolidar a nova informação, resultando no esquecimento posterior.

Técnicas para aprimorar a memorização

Para contornar essa dificuldade, especialistas sugerem a adoção de técnicas mnemônicas que auxiliam na fixação de nomes. Entre as estratégias mais eficazes estão a associação visual, que consiste em ligar o nome a uma característica física da pessoa ou a uma imagem mental forte. Outros métodos incluem a repetição consciente do nome durante a conversa, a contextualização (associar o nome à profissão ou ao local onde a pessoa foi conhecida) e a criação de uma conexão com alguém já conhecido que tenha o mesmo nome.

Quando o esquecimento deve ser um sinal de alerta?

Embora esquecer nomes seja geralmente benigno, é fundamental saber diferenciar um lapso comum de um sintoma que merece atenção médica. Segundo especialistas consultados pelo portal Metrópoles, o sinal de alerta deve surgir quando o esquecimento se torna persistente e progressivo, afetando não apenas nomes, mas também eventos recentes, conversas e a capacidade de realizar tarefas cotidianas. Se os lapsos de memória vêm acompanhados de desorientação, dificuldade de planejamento ou mudanças de humor, a busca por uma avaliação profissional é recomendada para investigar possíveis condições neurológicas.