PGR indicado por Lula terá papel crucial no futuro do relatório da CPMI do 8 de janeiro

Denuncias contra Bolsonaro e 60 pessoas serão analisadas pelo novo chefe da Procuradoria-Geral da República

Caberá ao próximo Procurador-Geral da República (PGR) dar andamento às denúncias apresentadas no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, aprovado nesta quarta-feira (18). Atualmente, o posto é ocupado de forma interina pela procuradora Elizeta Ramos.

Elizeta assumiu o posto no final de setembro, após o fim do mandato de Augusto Aras como chefe da instituição. A indicação do próximo PGR será feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista, no entanto, ainda não definiu quando será feita essa escolha. Além do PGR, Lula também tem segurado a indicação do nome que irá substituir Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF).

O relatório aprovado pela CPMI pede, entre outros pontos, o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outras 60 pessoas por atentados contra a democracia, culminando nos ataques de 8 de janeiro. A lista inclui auxiliares diretos dele, ex-ministros, parlamentares, militares e empresários. Estão nela o tenente-coronel Mauro Cid, os generais e ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e os ex-comandantes da Marinha Almir Garnier Santos e do Exército Marco Antônio Freire Gomes, além da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

A expectativa é de que a base governista, maioria da CPMI, use a sabatina do nome que for indicado por Lula para saber quais serão os andamentos dados ao relatório da senadora Eliziane Gama. Além da PGR, o parecer da CPMI será enviado para diversos outros órgãos que avaliam e decidem pela apresentação de denúncias baseadas nele.

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