O Ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), está sob investigação da Polícia Federal (PF) por um inquérito que analisa a possibilidade de desvio de emendas parlamentares através da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Nesse contexto, Luanna Rezende, irmã de Juscelino e prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão, foi alvo de um mandado de busca e apreensão e de uma medida cautelar de afastamento das funções na última sexta-feira (1º). A ação, denominada Operação Benesse, é parte do mesmo inquérito que investiga o Ministro, embora o pedido de mandado de busca e apreensão contra ele tenha sido rejeitado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. A CNN procurou a assessoria de Juscelino e aguarda retorno.
Além do inquérito da PF, Juscelino Filho também é investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República. Em março, a Comissão decidiu abrir uma investigação para analisar a conduta do Ministro. Essa ação foi provocada após uma matéria do jornal “O Estado de S.Paulo” relatar que, durante uma viagem realizada com deslocamento realizado em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), três dos quatro dias de viagem foram dedicados a compromissos envolvendo cavalos de raça. Existe, ainda, uma acusação sobre uma possível viagem ao Maranhão, o estado natal do Ministro.
Em resposta às acusações, Juscelino Filho utilizou as redes sociais para se defender. Na ocasião, ele escreveu que a apuração da Comissão de Ética, por ser “séria e isenta”, deixaria claro que não houve irregularidades no uso do avião da FAB ou nas diárias. Segundo ele, houve uma falha sistemática no lançamento das diárias que já foi identificada e corrigida.