O ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro serão ouvidos hoje pela Polícia Federal (PF) em relação ao caso das joias e relógios recebidos da Arábia Saudita. Simultaneamente, aliados do casal, incluindo Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, e Frederick Wassef, advogado de Jair Bolsonaro, também prestarão depoimento. Essa abordagem simultânea foi adotada para evitar a combinação de versões entre os depoentes.
A investigação visa esclarecer a origem da ideia de vender os presentes recebidos da Arábia Saudita, os destinatários da venda e o processo de recompra e retorno de alguns itens ao Brasil. Não apenas isso, a PF também procura elucidar o paradeiro de algumas peças que ainda não foram encontradas, como um relógio Patek Philippe que supostamente foi fotografado pelo ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.
Apesar dos conselhos para adotar um pacto de silêncio durante os depoimentos, Bolsonaro se opõe à ideia, argumentando que isso poderia ter implicações políticas e soar como uma confissão de culpa. No entanto, ele foi alertado sobre as dificuldades em controlar oito depoimentos simultâneos. O depoimento sobre a disseminação de fake news, que inicialmente estava programado para acontecer ao mesmo tempo, foi adiado a pedido da defesa de Bolsonaro, uma vez que eles argumentaram que não seria possível preparar seu cliente para discutir sobre dois assuntos distinctos.