PF foca análise em celulares de Wassef e Jair Renan em investigação sobre Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) está analisando dados dos celulares apreendidos com indivíduos próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, com especial atenção aos dispositivos pertencentes ao advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e Jair Renan, o filho mais novo de Bolsonaro. A percepção é que a informação contida nos celulares dessas duas figuras chave poderia fornecer novos caminhos para as investigações em andamento. Wassef está sob investigação por suposta participação no esquema de venda e recompra de relógios oferecidos a Bolsonaro em viagens oficiais, enquanto Jair Renan foi recentemente alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal, que investiga suspeitas de estelionato, falsificação de documentos, evasão fiscal e lavagem de dinheiro.

Os investigadores, entretanto, devem enfrentar o desafio de decifrar um volume substancial de dados. Os peritos em forense digital já iniciaram o trabalho nos telefones de Wassef, que somam mais de 1 terabyte de dados, uma quantidade suficiente para que os investigadores acreditem que os inquéritos da PF serão bem alimentados com a informação extraída desses dispositivos.

Em contrapartida, a análise dos dados obtidos do celular de Jair Bolsonaro, apreendido em maio durante a operação que investiga supostas fraudes em cartões de vacinação, concluiu que o aparelho não trouxe informações relevantes para as investigações. Isso significa que o dispositivo será desconsiderado em futuros inquéritos.