A Polícia Federal iniciou hoje a Operação Eco, uma ação para investigar ameaças e incitação ao crime contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A operação foi autorizada pela 1ª Vara Federal de Linhares, no Espírito Santo, e tem como alvo um indivíduo da cidade de Aracruz (ES) que promovia uma vaquinha online com o objetivo de financiar um suposto mercenário para atentar contra a vida do presidente.
Os agentes da PF apreenderam o celular e o computador do suspeito, cuja identidade não foi divulgada. A investigação foi desencadeada a partir de uma postagem nas redes sociais que promovia a arrecadação de fundos para contratar alguém com o intuito de atirar no presidente da República.
“A investigação decorre de postagem em rede social cujo teor aventa a arrecadação de fundos, fomentando a criação de uma ‘vaquinha’, com o intuito de pagar mercenário para atirar no presidente da República”, declarou a PF em comunicado. O investigado admitiu as postagens, mas não foi informado se a vaquinha foi efetivamente realizada.
A Operação Eco, nomeada em referência a uma figura da mitologia grega conhecida por falar demais, visa coibir manifestações que incitem a violência e ameaças contra autoridades. Este episódio é mais um de uma série de ataques contra o presidente Lula nas redes sociais.
Em janeiro de 2023, a PF prendeu um homem em Boa Vista, Roraima, por incentivar violência contra Lula em uma postagem que mencionava “colocar a bala na cabeça dele”. Em agosto do mesmo ano, um fazendeiro no Pará foi preso por supostamente planejar um atentado contra o presidente.
O caso do jogador de vôlei Wallace de Souza, que sugeriu a seus seguidores “dar um tiro” na cara de Lula, resultou em sua suspensão de competições no Brasil por 90 dias e seu banimento da seleção brasileira de vôlei por um ano. O Palácio do Planalto e a Advocacia-Geral da União atuaram para responsabilizar legalmente o atleta.
Com informações de O Antagonista.