Em conversa no podcast Latitude, o repórter Caio Mattos, enviado especial a Buenos Aires, explica a hostilidade entre o papa Francisco e Javier Milei, candidato libertário à Presidência da Argentina.
Segundo Mattos, a relação entre o religioso e o presidenciável é “talvez uma das piores possíveis”.
“Antes de ter sido candidato lá em 2017, 2018, o Milei fez vários comentários xingando o papa, porque acha que ele é ‘comunista’. É discursinho eleitoral barato, só que, obviamente, magoou o papa e magoou a Igreja Católica”, afirmou o repórter.
Milei já chamou o papa de “traidor” e “comunista”. Ele também disse que a Igreja Católica é uma “organização criminosa”.
O papa, por sua vez, já criticou as ideias econômicas de Milei, que defende o livre mercado e o liberalismo.
“Não é possível construir uma sociedade justa sobre o egoísmo e a exploração”, disse o papa em uma entrevista.
A hostilidade entre os dois líderes é um reflexo das diferenças ideológicas entre eles. Milei é um político de direita, enquanto o papa Francisco é um líder religioso que defende a justiça social.