Vivendo uma vida de esperas em 2019, Thayane Angelo, analista de gerenciamento de risco, com 32 anos, enfrentou uma luta contra o tempo e sua própria saúde. Nascida com miocardiopatia hipertrófica e dilatada, uma doença que leva à dilatação e ao endurecimento dos músculos cardíacos, Thayane viu sua saúde se deteriorar até que o transplante se tornou inescapável. “Fiquei muito mal, não conseguia mais comer, tomar banho sozinha nem lavar meu cabelo. No calor, eu desmaiava,” contou ela, descrevendo as dificuldades a que foi submetida antes de entrar na fila para o transplante de coração em fevereiro de 2019.
Durante 8 árduos meses, ela esperou pelo momento decisivo. A ligação que traria uma nova esperança de vida chegou em 3 de dezembro do mesmo ano. “É uma espera muito dolorosa, podem te ligar a qualquer momento. Eu ia piorando a cada dia,” relata Thayane sobre a sua experiência na fila de transplante. Hoje, quatro anos depois do transplante, Thayane se sente grata por retornar à sua vida normal. Assistindo a uma partida de futebol do Vasco no Maracanã, ela afirma: “Pude voltar a acompanhar as emoções de uma partida e gritar ‘gol’ em paz, sem passar mal”.
Thayane, sempre atenta à manutenção do seu novo coração, leva uma vida 98% normal, como ela mesma diz. Desde a cirurgia, tem se dedicado a ajudar outros pacientes que estão na mesma situação que ela esteve. “Tento dar um gás neles. Quando conto minha história, eles se animam! E deixo sempre a mensagem da importância de doar órgãos. Conversem com a família de vocês”, disse ela, usando sua experiência para alimentar a esperança de quem ainda aguarda sua vez na fila do transplante.