Depois de obter acesso a uma série de conversas recentemente reveladas, membros da oposição no Brasil estão considerando um pedido de prisão preventiva para o general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, foi revelado que Gonçalves Dias solicitou a remoção de seu nome de um alerta emitido para várias instituições, incluindo a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal.
Os parlamentares da oposição estão questionando por que, apesar de ter sido alertado cinco vezes sobre o potencial de invasão de prédios públicos em janeiro passado, Gonçalves Dias parece não ter feito nada. Esses alertas foram relatados de maneira exclusiva pela CNN Brasil em 18 de agosto. Além disso, vídeos de vigilância divulgados pela emissora em abril mostraram Gonçalves Dias dentro do Palácio do Planalto durante os ataques, o que levou à sua demissão pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A controvérsia que gira em torno da conduta de Gonçalves Dias durante este período de alertas de segurança levou à abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, composta por deputados e senadores, em abril deste ano. Gonçalves Dias manteve-se em silêncio perante a CPMI até agora, tendo falado apenas na CPI inaugurada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. O ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência, Saulo Cunha, que testemunhou perante a CPMI em agosto, afirmou que Gonçalves Dias estava ciente do risco dos ataques.