Uma cidadã britânica, identificada como Kirsty Hawes, se viu impossibilitada de embarcar para desfrutar de suas esperadas férias em Maiorca, na Espanha, após autoridades aeroportuárias lhe informarem que seu passaporte não estava de acordo com as regras atuais da União Europeia (UE). Segundo a agência de notícias SWNS, Hawes, que tinha agendado essas férias avaliadas em cerca de 6.400 reais, descobriu em pleno aeroporto que a data de emissão de seu passaporte o tornava inválido para a viagem, a despeito de este ainda não ter atingido a data de expiração.
Esta regra, pouco conhecida e rigorosa, data do início do Brexit em 2020, onde passaportes britânicos tiveram suas regras de validade alteradas para viagens à UE. Antes, portadores de passaportes britânicos podiam viajar até a data de expiração deste; agora, passaportes com mais de 10 anos de emissão não são aceitos, mesmo que não tenham expirado. No caso de Hawes, seu passaporte emitido em 15 de agosto de 2013 foi considerado inválido para a viagem em 16 de agosto de 2023, faltando apenas um dia para completar os 10 anos de emissão.
Com lágrimas nos olhos e o sentimento de frustração, Hawes tentou contornar a situação solicitando um passaporte de emergência, esforço este infrutífero, já que os primeiros agendamentos só poderiam ser feitos para duas semanas após o pedido. Além disso, a viajante relatou que a empresa de turismo TUI se negou a fornecer um reembolso, alegando que a condição de validade do passaporte encontrava-se claramente explícita nos termos e condições da viagem, ainda que em letras pequenas e ao final do e-mail. Diante deste quadro, Hawes agora alerta outros viajantes sobre a importância de se conhecer todas as especificidades legais ao planejar suas férias, evitando assim surpresas indesejáveis no dia da viagem.