A Feira Nacional da Reforma Agrária, promovida pelo MST entre os dias 8 e 11 de maio em São Paulo, reuniu representantes do governo federal e parlamentares em um evento que mesclou atividades culturais, debates políticos e críticas ao agronegócio. Com cartazes que associavam o setor a conflitos e contaminações, a feira atraiu atenção por suas mensagens e pelas presenças políticas de destaque.
O encontro contou com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin, que visitou estandes e conversou com agricultores. Em publicação na rede X, Alckmin destacou o papel do MST na promoção da agroecologia e na geração de renda para a agricultura familiar. Ministros do governo Lula também estiveram presentes, entre eles Márcia Lopes (Mulheres), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Luiz Marinho (Trabalho), Márcio Macêdo (Secretaria Geral da Presidência) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).
Durante o evento, o MST organizou apresentações culturais e manifestações contra a anistia de envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Segundo a CNN, a escolha da pauta está ligada à perda de força da reforma agrária como mobilizadora principal do movimento.
Além das autoridades de primeiro escalão, representantes de instituições públicas também compareceram, como a secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli; o presidente da Conab, Edegar Pretto; o presidente do Incra, César Aldrighi; e o presidente da Fundação Banco do Brasil, Kleytton Guimarães Morais.
A feira ainda sediou o “Café com Parlamentares”, que reuniu cerca de 60 deputados de diferentes Estados, conforme informou a organização. Os discursos das autoridades presentes destacaram a chamada “agricultura saudável” e a produção livre de agrotóxicos como marcas das ações do MST.
No primeiro dia do evento, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) firmou acordos com o MST, com o apoio de entidades como o Instituto Federal de São Paulo, os Correios e a Fundação Banco do Brasil, comprometendo-se a apoiar projetos desenvolvidos pelo movimento.