O caso de suposta agressão em Igaratá, interior de São Paulo, pelo qual os policiais militares Kleber Freitas da Silva e Thiago Alves de Souza foram acusados, teve o pedido de arquivamento feito pelo Ministério Público do estado. A idosa Vilma dos Santos Rodrigues de Oliveira e seus filhos alegavam terem sido agredidos pelos oficiais em maio deste ano, no entanto, o promotor de justiça Daniel Gruenwald Lepine argumenta insuficiência de evidências para proceder com a acusação, uma vez que o laudo da perícia não confirmou lesões corporais na idosa.
A divergência entre os depoimentos da idosa e as cenas registradas em vídeo no momento do incidente, foram citadas pelo Ministério Público como outro fator necessário para encerrar o caso. De acordo com o relato de Vilma, ela teria sido agredida por um dos policiais enquanto tentava interferir na abordagem a um de seus filhos. Em contrapartida, as imagens da cena indicam que Vilma agrediu primeiro o policial, que em resposta, acertou um soco em autodefesa. A alegação de que o policial teria apontado uma arma para a idosa foi negada pelo promotor, matendo-se contra a declaração de Vilma, já que o vídeo não regista este fato.
As acusações de agressão feitas pelos filhos da idosa também foram contestadas pelo Ministério Público, já que a análise do trajeto até a delegacia de polícia de Igaratá demonstrou que a viatura policial não alterou sua rota, contrariando a versão de que Luciano e Benedito teriam sido agredidos durante o percurso. A versão dos filhos de Vilma, que afirmaram que um dos cassetetes dos policiais foi quebrado na cabeça de um deles, desacredita pela insuficiência de danos em materiais, de acordo com o laudo pericial. Com base nestes argumentos, o Ministério Público solicitou um novo depoimento dos policiais para avaliar se pretendem proceder com uma acusação criminal contra os filhos da idosa, diante das alegações de lesões corporais que sofreram.