O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, provocou polêmica no país ao antecipar a nomeação de Rodolfo Barra como procurador-geral. Barra, um jurista de 75 anos, fez parte de um grupo neonazista na juventude e chegou a atacar uma sinagoga.
A indicação foi anunciada pelo próprio Milei em suas redes sociais na sexta-feira (1º). Barra ocupará o cargo de Procurador-Geral da Fazenda Nacional, que é responsável por prestar assessoria jurídica ao Estado e defendê-lo em julgamentos.
A nomeação de Barra foi criticada por diversos setores da sociedade argentina, incluindo organizações judaicas, grupos de direitos humanos e políticos de oposição.
“É uma afronta à democracia e à memória das vítimas do Holocausto”, disse o presidente da Associação Judaica Argentina, Jorge Knoblovits.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, também condenou a indicação. “É um sinal preocupante de que a Argentina está voltando a um passado obscuro”, disse Almagro.
Até o momento, Milei não se pronunciou sobre as críticas.